segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

“Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois  tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho  profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que  arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas  pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara  a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de  defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu  vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca.  Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do  avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que  for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de  sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. “
(Clarice Lispector)
“Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. “

Nenhum comentário:

Postar um comentário